quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

 Pensamos muito no que somos ,no que seremos, no que deixamos de ser ou então no que as pessoas pensam sobre nós. É quando menos percebemos que estamos vivendo um mundo de futilidades completamente frágil, onde tudo costuma nos irritar e aquele ciclo de amizades, escola, namoro, família parece ser um tormento psicológico, assim, vamos nos tornando pessoas tristes pelo fado destino traçado até o momento em que uma situação completamente inusitada desperta um segundo relógio sobre o relógio do tempo, agora não com uma função de avisar o quanto tempo estamos perdendo mas sim com um alarme soando cada vez mais alto a medida que os segundos daquele minuto passa e chega a hora de mudar. A rotina reprime e aprisiona, fecha todo o horizonte de possibilidades, torna em parte os desejos impossíveis de ser realizados e é assim que nos tornamos pessoas cada vez mais inábeis, sem nenhuma perspectiva diferente de futuro e se tem a impressão de que as coisas só se realizam se acontecerem naquela seqüência exata, ai é que encontramos as raízes do preconceito, o diferente não é aceitável, somos criados com um determinado padrão, quem fugir dele deve ser renegado pela sociedade, isso lembra mais os tempos de ditadura, total repressão, cadê a consagrada democracia? Essa definitivamente não existe, esta só no papel e na mentalidade de cada Brasileiro, a justiça é infelizmente em favor do poder, enquanto os tempos de nobreza feudal são lembrados pela elite brasileira, os “camponeses” vivem na sarjeta a margem da sociedade e mesmo assim continuamos a aplaudir e sustentar a elite! Quem é o verdadeiro culpado nessa historia toda? Já dizia Clarisse Lispector: ”enquanto houver duvidas e não existirem respostas, continuarei a escrever.”

Camila Mercuri'

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