sábado, 30 de outubro de 2010

Oceano- Djavan!

Assim
Que o dia amanheceu
Lá no mar alto da paixão,
Dava prá ver o tempo ruir
Cadê você?
Que solidão!
Esquecera de mim?

Enfim,
De tudo o que
Há na terra
Não há nada em lugar
Nenhum!
Que vá crescer
Sem você chegar
Longe de ti
Tudo parou
Ninguém sabe
O que eu sofri...

Amar é um deserto
E seus temores
Vida que vai na sela
Dessas dores
Não sabe voltar
Me dá teu calor...

Vem me fazer feliz
Porque eu te amo
Você deságua em mim
E eu oceano
E esqueço que amar
É quase uma dor...

Só sei viver
Se for por você!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010


Já era um finalzinho de tarde daquela data de comemoração ao aniversario da cidade, todos estavam muito agitados com as festas que aconteceriam no centro, porem para Lucia aquela data resgatava uma lembrança que em seu ultimo suspiro era salva, a lembrança de um amor.
Lucia pestanejava para sair de casa, seus amigos a chamavam, mas ela nada queria fazer para se distrair naquele dia, muito menos colocar o pé para fora de casa, queria mesmo que o tempo do relógio fosse mais rápido que o de seus pensamentos. O telefone tocou e ela seguiu em sua direção para atender, atendeu, mas ficou mudo e todas aquelas sucessões de: Alô, quem é? Não acho graça dessa brincadeira foram retornadas pelo silêncio. Lucia resolveu não insistir mais e voltou para sua cama, até que acabou pegando no sono e foi aí que não pode mais lutar contra seus sonhos pois a lembrança tomava contra deles, a razão não podia mais impedir o coração de lembrar-se daquele amor por Felipe. Seus sonhos foram se tornando cada vez mais fortes contando a historia daquele amor, até o momento que a noticia de que Felipe estaria doente e teria poucos dias de vida vem a tona entre o casal, os doces já não eram mais doces, suas tardes ensolaradas juntos erma frias. Na data do aniversario da cidade Felipe e Lucia teve a noite mais apaixonante da vida deles, descobriram juntos o poder do amor só não saberiam que aquela noite depois de um bom banho e de filmes no sofá da sala seria a ultima juntos, mas essa confirmação só se deu uma manhã do dia seguinte quando Felipe estava morto de mãos dadas com Lucia ainda de cabelos molhados deitada no sofá da sala. O telefone mais uma vez tocou e acordou-a que nem quis atender mas agradecera por ter tocado.
Lucia tomou o seu banho e de cabelos molhados deitou-se no sofá ainda se sentia de mãos dadas com Felipe igual àquela noite.

Camila Mercuri'
O pior dia da minha vida

Sempre ouvi dizer que a dor de perder uma mãe ou um pai, é uma das piores que o ser humano pode sentir. Nunca passei por isso, graças a Deus, mas já tive o azar de passar por uma situação muito parecida, que parece até besteira para quem ouve, mas terrível para quem passou.
Aconteceu em um domingo; eu estava dormindo na casa de minha mãe, que havia viajado. Como meus pais são separados, meu querido pai não estava presente, e meu irmão, como sempre, também não. Estava sozinho, dormindo, mas em um daqueles sonos que não desejo para o meu pior inimigo. Sonhava que algo de muito ruim havia acontecido com minha mãe, e a minha avó, que já é falecida, também estava presente no sonho. Acordei com os olhos cheios de lágrimas, parecendo uma criança que havia perdido o seu brinquedo favorito. Ainda assim, acordado, chorava muito, e uma sensação estranha de que algo de ruim realmente tivesse acontecido, tomava conta do meu coração. Em uma tentativa inútil, tentei falar com minha mãe, mas o celular estava sem área, motivo este que aumentou mais ainda o meu desespero. Isso aconteceu por volta das cinco horas da manhã, o dia praticamente já havia amanhecido, a minha maior sorte. Já pensou se acontecesse no meio da noite, sem ninguém em casa, só eu e Deus? Não gosto nem de imaginar.
Depois de alguns minutos bebi um copo d’água, me acalmei, e me deitei no sofá e fui assistir TV, pra ver se conseguia tirar aquele pensamento negativo da minha mente e pensar que aquilo não passava de um sonho bobo. Confesso que até consegui, mas depois disso, fui surpreendido por um telefonema. Meu coração disparou. Nem queria atender pensando que o pior tivesse acontecido. Porém, também passou pela minha cabeça que poderia ser minha mãe, e que tudo estava bem. Mas ela sabe que eu não acordo tão cedo, principalmente dia de domingo, e não iria me ligar àquela hora. Mesmo assim atendi. Minha voz quase que não saia; foi um daqueles alôs de quem está horas sem comer e nem tem mais voz. Foi minha tia avó. Ufa, que alívio – pensei. Mas como alegria de pobre dura pouco, esse alívio desapareceu em frações de segundos, com palavras que saiam da boca de minha tia. Ela sem saber que minha mãe estava viajando, e muito menos que eu tinha tido um sonho ruim, me perguntava pela sobrinha, e se ela estava bem, pois tinha tido um pesadelo horrível com ela há minutos atrás. Para mim o mundo desmoronou naquele instante; eu não conseguia responder mais nada. O sonho da minha tia, naquele momento, havia reforçado a hipótese de que de fato alguma coisa ruim havia acontecido. Eu só fazia chorar, chorava muito, soluçava! Mas depois, com minha tia já desesperada, falei que tinha tido um pesadelo também, e esse era o motivo de eu estar chorando. Ela ficou mais desesperada ainda, mas tentou disfarçar para tentar me deixar mais tranqüilo, e falou que ia à missa fazer uma oração, e que depois me ligava. Ao desligar, eu chorava muito, mas muito. Minha mão tremia. Tentei ligar pra minha mãe novamente, mas aquela voz gravada e insuportável daquelas mulheres, dizia que o celular ainda estava fora de área ou desligado.
Tempo vai, tempo vem, e depois de duas horas mais ou menos de sofrimento, minha mãe liga. Minha tia já havia conseguido falar com ela e já tinha contado tudo. Minha mãe disse que era pra eu ficar tranquilo, e que estava tudo bem, e que umas dez horas o ônibus ia sair e ela ia chegar em casa. Entretanto, como um bom filho preocupado (modéstia parte), fiquei nervoso o dia inteiro. Só ficaria bem quando eu visse minha mãe. A noite chegou, e eu sucessivas vezes olhava para o portão, esperando que ela o abrisse e eu a reencontrasse. E foi isso que aconteceu depois de algum tempo. Quando a vi, meus olhos brilharam, e aquele sentimento de angústia que estava dentro de mim, havia sido tomado pela alegria. Mas não era uma alegria qualquer. Era a alegria de ver a minha mãe bem, viva. Corri, e dei um daqueles abraços bem apertados, que fazia tempo que eu não dava, e tudo ficou ótimo.
Parece até história de criancinha mimada, mas naquele dia eu senti qual é a dor de perder uma mãe, mesmo sem ter perdido. Só quem passou sabe explicar. Sempre fui muito supersticioso em relação a sonhos, e até hoje não entendo essa ironia do destino em fazer duas pessoas terem pesadelos com a mesma pessoa, e praticamente no mesmo horário. Mas sei que nada vai acontecer.
De todos os dias que eu passei esse sem dúvidas, foi o pior da minha vida.


João Ricardo <3

terça-feira, 12 de outubro de 2010

As asas do tempo

Meu tempo nunca foi cronológico sempre viveu de flashbacks por mais que a minha vida tivesse ordem cronológica, um passado que ajudou a constituir meu presente para modificar o meu futuro. Não percebemos, mas o tempo nasce, cresce e amadurece conosco até o momento em que ele cria suas próprias asas e voa para longe de nós, um lugar onde não existe dimensão e não se mede as suas conseqüências, o problema é que não sabemos quando isso vai acontecer e por isso não nos preparamos, esquecemos de voar junto com ele e quando menos esperamos a vida trata de cortar as nossas assas logo no momento em que estamos voando mais alto, a queda conseqüentemente acaba sendo grave e é ai que o tempo vem com as suas asas e nos salva dessa queda, fica conosco até o momento que nossas asas voltam a crescer e assim tomar um novo rumo na nossa vida. Comigo não foi diferente, o tempo esta me acompanhando e cuidando de mim, só vivo com a esperança de que minhas assas cresçam o mais rápido possível para me tirar desse abismo escuro para que eu possa voltar a ver a luz do sol com todo o seu brilho no meu lugar de origem de onde nunca deveria ter saído.
 Camila Mercuri'

segunda-feira, 11 de outubro de 2010


Se eu soubesse antes o fim para todo esse inicio eu nunca chegaria a esse fim porque definitivamente não existiria nem um inicio!




-  cm'
nunca foi tão dificil sorrir!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Palavras soltas de um sentido que você vai dar!


Se toda verdade é relativa porque ainda existe verdade?
Vivemos com a sombra da mentira, a insegurança da verdade e o anseio das mudanças.
Com isso formamos um pretérito, um presente e um futuro de mentiras, que não adiantam de nada quando descobrimos no último suspiro o valor da verdade, verdade esta que esteve o tempo todo entregue em nossas mãos.
Enfim, a verdade será algo ainda tão poderoso que não sabemos lidar? Perguntas. Respostas?
Não sei por enquanto qual deve ser a verdade para finalizar esse texto, sei apenas que vou levando a vida entregue a verdade de uma mentira.
                                                                         # para mim faz todo o sentindo, não sei para você!

 Camila Mercuri'