Um misto de sentimento tomara conta de mim desde que abri aquele e-mail. “Preciso falar com você, me procure ainda hoje!” Tentava em cada letra, desvendar a intenção com que me escrevera aquilo. Depois que rompemos o namoro nunca mais havia me procurado. E agora, o que o levara a deixar aquele e-mail. Tão direto e misterioso.
Cinco meses, cinco longos meses que a ausência do meu amor torturava minha alma. Cada dia sentia meu coração mais apertado e minha vida mais acinzentada, sem sentido. Enquanto me dirigia para sua casa, lembrava dos momentos felizes que passamos juntos. Nossas viagens, nossas danças, nossos apelidos. Coisas tão peculiares, tão especiais, e pensar que jogamos tudo fora. Cheguei à frente do prédio e hesitei em entrar. O que ele queria comigo? Porque só abri meu e-mail um dia depois que ele me enviou a mensagem? Será que ele ainda quer falar comigo? Duvidas, incertezas...
Tomei coragem e subi. De escada mesmo. Queria tempo para pensar nas palavras que eu poderia dizer ali naquele momento. Eram cinco andares, e cada lance de escada que eu subia, sentia meu coração mais acelerado. No penúltimo lance, parei e respirei fundo. Subi o ultimo lance lentamente até chegar a sua porta. Porta essa que já tinha sido cenário de tantas despedidas, sempre com a promessa de que eu voltaria no outro dia, para te amar, para ser feliz, para viver um pouco mais.
O que eu estava fazendo ali? Quebrando um juramento! Pensei em voltar, deixar um bilhete sei lá... Mas se fizesse isso, eu nunca saberia o motivo daquele e-mail. Respirei fundo e bati na porta. Ninguém respondeu, novamente bati e nada. Virei as costas certa de que não havia ninguém, então me lembrei que eu tinha uma chave. Hesitei em abrir, mas com muita coragem tirei a chave do bolso e abri a porta. A televisão estava ligada. Canal de esportes como sempre. Fui andando lentamente por cada cômodo da casa lamentando a desordem que se tornara aquele local desde que não estive mais lá.
Aproximei-me do quarto e vi o computador ligado, me aproximei para desligar, já pensando que não tinha ninguém em casa. Ao passar pela cama, vi a pior cena que os olhos de uma mulher poderiam enxergar. O ser que eu amava, aquele a quem eu dediquei meus melhores dias, meus mais nobres sentimentos, estava ao lado da cama sem vida, morto.
Senti metade de mim morrendo naquele instante, o chão fugiu dos meus pés, me faltou o ar, quando olhei para a tela do computador pude ler um e-mail. Ainda não tinha sido enviado. Dizia assim: Perdoe-me por minha atitude covarde, mais é insuportável a dor da sua ausência! Adeus.
Passei anos da minha vida culpando-me por seu suicídio. Talvez se eu abrisse minha caixa de e-mail, um dia antes eu ainda o encontraria com vida. Precisei de forças para que eu pudesse esquecer aqueles momentos horrorosos. Hoje estou conformada, restaram somente lembranças desse amor que começou.
Cinco meses, cinco longos meses que a ausência do meu amor torturava minha alma. Cada dia sentia meu coração mais apertado e minha vida mais acinzentada, sem sentido. Enquanto me dirigia para sua casa, lembrava dos momentos felizes que passamos juntos. Nossas viagens, nossas danças, nossos apelidos. Coisas tão peculiares, tão especiais, e pensar que jogamos tudo fora. Cheguei à frente do prédio e hesitei em entrar. O que ele queria comigo? Porque só abri meu e-mail um dia depois que ele me enviou a mensagem? Será que ele ainda quer falar comigo? Duvidas, incertezas...
Tomei coragem e subi. De escada mesmo. Queria tempo para pensar nas palavras que eu poderia dizer ali naquele momento. Eram cinco andares, e cada lance de escada que eu subia, sentia meu coração mais acelerado. No penúltimo lance, parei e respirei fundo. Subi o ultimo lance lentamente até chegar a sua porta. Porta essa que já tinha sido cenário de tantas despedidas, sempre com a promessa de que eu voltaria no outro dia, para te amar, para ser feliz, para viver um pouco mais.
O que eu estava fazendo ali? Quebrando um juramento! Pensei em voltar, deixar um bilhete sei lá... Mas se fizesse isso, eu nunca saberia o motivo daquele e-mail. Respirei fundo e bati na porta. Ninguém respondeu, novamente bati e nada. Virei as costas certa de que não havia ninguém, então me lembrei que eu tinha uma chave. Hesitei em abrir, mas com muita coragem tirei a chave do bolso e abri a porta. A televisão estava ligada. Canal de esportes como sempre. Fui andando lentamente por cada cômodo da casa lamentando a desordem que se tornara aquele local desde que não estive mais lá.
Aproximei-me do quarto e vi o computador ligado, me aproximei para desligar, já pensando que não tinha ninguém em casa. Ao passar pela cama, vi a pior cena que os olhos de uma mulher poderiam enxergar. O ser que eu amava, aquele a quem eu dediquei meus melhores dias, meus mais nobres sentimentos, estava ao lado da cama sem vida, morto.
Senti metade de mim morrendo naquele instante, o chão fugiu dos meus pés, me faltou o ar, quando olhei para a tela do computador pude ler um e-mail. Ainda não tinha sido enviado. Dizia assim: Perdoe-me por minha atitude covarde, mais é insuportável a dor da sua ausência! Adeus.
Passei anos da minha vida culpando-me por seu suicídio. Talvez se eu abrisse minha caixa de e-mail, um dia antes eu ainda o encontraria com vida. Precisei de forças para que eu pudesse esquecer aqueles momentos horrorosos. Hoje estou conformada, restaram somente lembranças desse amor que começou.
Silas Matos *-*
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