O mar por onde navego conduzido por um olhar misterioso me mostrou a mais pura vertigem de sonhos amadurecidos ora nascidos de manhãs fantásticas, onde nada ofuscava minha felicidade, ora em manhãs sombrias que brotaram de sentimentos sem explicação, a não ser pelo simples fato de não possuir nome algum. Sonhos que não tem fim num mundo de recordações onde o mestre de tudo é o tempo. Ser criança e não conhecer a verdade me deixa saudades, mas desistir sem tentar é uma transparência do fracasso o qual não quero, a não ser pelo fato de ser dona do que feio ou bonito lhe parece. Viver o morrer ou nascer de sonhos acompanhados muitas vezes de decepções por mais dolorosas que sejam me fazem reviver um entrar e sair de ilusões excessivas.
Camila Mercuri
Camila Mercuri
